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3 de out. de 2012
Ray Bradbury
A literatura perdeu RAY BRADBURY em 5 de junho de 2012. O escritor norte-americano tinha 91 anos. Bradbury deixou mais de 500 obras, entre peças, romances, contos, roteiros de cinema e televisão.
Suas duas obras mais marcantes foram Crônicas Marcianas e Fahrenheit 451.
Bradbury, em seu livro Fahrenheit 451, desenvolve uma visão sombria da opressãoem um Estado inominado, em futuro incerto, que tenta controlar a sociedade queimando todos os livros existentes, sob o argumento de que os livros oprimem o povo. A marca singular é que os encarregados da tarefa eram bombeiros! A temperatura de 451 graus Fahrenheit é o ponto de combustão ideal para queimar papel, reduzindo-o a cinzas.
Aqui, as casas são à prova de fogo e o papel dos bombeiros, paradoxalmente ao queimar livros, equivale ao de uma polícia política, limitando a liberdade de consciência do indivíduo. Quem transgride normas básicas de conduta, como ter um livro em casa corre o risco de prisão ou mesmo pena de morte.
A rede de informações organizada pela Polícia Política (bombeiros) garante a constante vigilância e medo dos habitantes, que guardam em segredo seus livros proscritos, com medo da condenação estatal, que pode consistir em execução sumária, como uma velha senhora que por recusar-se a entregar seus livros aos vigilantes, morre queimada juntos com eles, na casa em chamas.
A consciência em uma sociedade assim só aparece após um momento de curiosidade e de transgressão individual, em que ao libertar-se desses padrões rígidos de conduta, supera-se a alienação original imposta pelo estado e passa-se a viver sem as limitações originais.
O cineasta francês FRANÇOIS TRUFFAUT fez uma bela leitura da obra, realizando o filme de mesmo nome, na década de 70, com a participação inesquecível do ator britânico Richard Burton.
Ao eterno!
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